Colégio Estadual Professor Ivan Ferreira

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Dia Nacional da Consciência Negra

O 20 de novembro foi consagrado por representantes e lideranças do movimento negro brasileiro como o dia de homenagem à imortalidade de Zumbi dos Palmares (1655-1695) e os ideais de liberdade que simbolicamente o líder negro representa. A idéia foi discutida, em 1971, por iniciativa do Grupo Palmares, de Porto Alegre, sendo assimilada, em 1978, durante o Congresso do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, mais tarde rebatizado Movimento Negro Unificado (MNU).A reivindicação de lideranças e ativistas afrodescendentes ganharia força, ao inserir-se na agenda oficial, consagrando Zumbi como herói e a referência à data de sua morte, um dos fatores de maior impulso à consciência negra no Brasil. Desde então, teve início a luta da comunidade negra pelo reconhecimento de Zumbi como herói nacional, ainda hoje considerado por muitos como um símbolo “perigoso”, devido à sua capacidade, ainda que simbólica, de recuperar o negro como agente histórico em busca da própria liberdade. Zumbi, um mitoZumbi, considerado herói da resistência anti-escravagista, foi o grande líder do Quilombo dos Palmares, em Alagoas, o maior da história do Brasil, que durou mais de 60 anos e chegou a abrigar cerca de 20 mil pessoas, população significativa para a época. Registros históricos indicam que ele, descendente direto de guerreiros angolanos, teria nascido, em 1655, no quilombo.Com poucos dias de vida, foi aprisionado pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e entregue depois a um padre, que o batizou com o nome de Francisco. Aos 15 anos, fugiu da casa do padre e retornou a Palmares, onde mudou o nome para Zumbi. Ficaria conhecido, em 1673, quando a expedição de Jácome Bezerra foi desbaratada.Um ano antes de sua morte, caíra em um desfiladeiro, após ser baleado durante combate contra as tropas de Domingos Jorge Velho, que, mais tarde, seria acusado de matá-lo. Dado como morto, Zumbi reapareceria em 1695, ano oficial de sua morte, ocorrida na Serra da Barriga, atualmente território alagoano

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